sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um sonho com um anjo.

Deitei. Dormi. Sonhei.
Sonhei que estava em um jardim lindo, com os pés descalços, sentindo a grama fresca e verde. Lá tinha muitas flores, flores de todos os tipos e cores. O ar estava fresco, o sol brilhando. Os raios de sol chegavam na minha pele, fazendo eu me sentir revigorada. O clima estava perfeito. Podia escutar o som de um riacho que passava ali por perto.
Foi então que uma luz ofuscante apareceu fazendo com que eu me sentisse ser transportada para outro lugar, um lugar totalmente branco e sem vida. E do meio daquela brancura, que me forçava a cerrar os olhos, algo começou a aparecer. Começou como um pontinho preto e então foi se expandindo e ficando mais nítido. Conforme a nitidez melhorava a luz ofuscante diminuía. E consequentemente eu fui abrindo os meus olhos, e vi o que era, ou melhor, quem era. De fato eu não soube de cara quem era, só sabia que me lembrava alguém. Traços finos, maxilar largo. Olhos expressivos e decididos. Lábios grossos. Cabelos castanhos, desgrenhados. E duas belas e grandes asas. Peraí, asas?
Foi aí que ele, aquele ser maravilhoso com sua voz melodiosa e surpreendente, falou: "Eu sou um anjo sim, porque essa cara de espanto? Você deve estar se perguntado porque eu estou aqui e já vou lhe dar essa resposta. Estou aqui para fazer algo que você jamais vai se esquecer. Na verdade, a partir de agora a sua vida mudará pra sempre. Estou aqui para roubar seu coração."
Nesse momento vi o anjo abrir o meu peito com as próprias mãos. Fechei os olhos e tive vontade de gritar, mas não tinha voz. Esperei pela dor, mas ela não veio. Devagar reabri meus olhos e vi que de dentro de mim emanava uma luz azulada, talvez arroxeada, não sei ao certo. Ele enfiou a mão lá dentro e tirou, sem mais nem menos, o meu coração e voltou a falar: "A partir de agora o seu coração é meu. Só meu. E você nunca mais vai amar outra pessoa. Adeus!"
A luz ofuscante se apagou, mas não voltei para o jardim. Me vi no meu quarto, olhando para o teto, ofegante. Parecia que realmente meu coração não estava mais ali e no seu lugar havia apenas um vazio. E então ouvi aquela voz me acalmando, senti aqueles braços me acolhendo e vi você. Claro! Como não percebi antes? Aquele anjo na verdade era você. Era a sua voz, era o seu rosto. Eram as suas mãos roubando o meu coração. E você estava certo. A partir desse momento, o meu coração seria seu, sempre seu, só seu. E eu jamais amaria outra pessoa, além de você.
Por Íris Lisbôa, dedicado a mim mesma.

5 comentários:

  1. hummm, que profundidade :O
    belas palavras amiga! :* bjinn!

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  2. total profundo, Luan (H)
    HSIUAHUIAHSIAHUSH

    obrigadin July *_*

    beijosmil pros dois :*

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  3. Nossa, antes da última linha eu não imaginava!

    Muito bom! Adorei, sério mesmo, ficou bem profundo. Esse era de ir pro Liberarte, sei lá.

    Beijão!

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