quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Paciência.

Haviam combinado de se encontrar as 15 horas na frente do banco onde se conheceram, na praça que ficava próximo a casa dela.
Ela começou a se arrumar cedo, muito cedo. Estava louca pra vê-lo novamente, louca pra olhar naqueles olhos, ver aquele sorriso perfeito com dentes brancos.
Quando ficou pronta, percebeu que chegaria cedo demais. Resolveu se ocupar lendo um pouco de Carlos Ruiz Zafón, seu autor predileto.
Quase na hora, ela saiu de casa. Não acreditava que faltava tão pouco para finalmente ter ele nos seus braços. Esperou, esperou, esperou. E nada dele. Esperou mais um pouco, mais um pouco e mais um pouco. E nada dele.
Paciência? Ela nunca teve, nunca soube o que é isso. Sempre teve tudo o que quis nas suas mãos. Porque ele tinha que ser diferente?
O telefone toca, é ele. Uma mensagem de texto dizendo que não poderá ir. Mas já são quase 16 horas. Quanta consideração.
Enfim, desolada e frustrada ela voltou pra casa. Nunca tinha sentido aquilo na vida. Nunca soube o que é esperar por um momento com tanta ansiedade, achar que o seu maior desejo se realizaria e no final nada sair como o planejado.

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