quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tempo.

Lembrei agora de um trava língua da minha infância:

O tempo perguntou pro tempo, quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo, que o tempo tem o tempo que o tempo tem.

O que me leva à:

Como o tempo passa e as coisas acontecem e a gente nem percebe que elas estão acontecendo. Como o tempo passa e tanta coisa muda, mas cada coisa muda de cada vez, por isso, é necessário um grande momento de reflexão para se dar conta de tudo que você não é mais ou o que não é mais seu.
Confesso que desde os meus 15 anos eu não vi mais o tempo passar, não vi mais o "tempo que o tempo tem". Foi tudo uma grande confusão, correria, descobertas, conquistas. E tudo passou despercebido. Agora paro e penso e vejo o quanto eu já evoluí nesses últimos quatro anos. Percebo todos os meus erros, que me trouxeram conhecimento. Percebo todas as vezes em que dei duro por algo que realmente queria e minhas conquistas. Percebo também que várias conquistas vieram por sorte, sem eu nem "mexer os pauzinhos".
No fundo, no fundo, eu sou uma garota de sorte. Uma garota que sequer lembra o que a motivou a fazer a prova na Liberato, uma garota que escolheu o curso por motivos que não faziam sentidos e que mesmo assim acertou a escolha. Uma garota que mesmo sem perceber, adquiriu grande conhecimento no curso escolhido, conhecimentos de eletrônica, de amizade, de amor, de vida. Uma garota de sorte porque, foi por estudar nessa bendita escola, da qual tanto reclama, que eu descobri uma profissão, descobri grandes amizades, às quais pretendo levar para o resto da vida, descobri que o amor é muito mais do que paixão e descobri como lidar com a vida, com o mercado de trabalho e descobri um pouco mais sobre como lidar comigo mesma, com a minha fragilidade.
Amanhã faço 19 anos. E percebi que não fiz tudo o que eu queria fazer na minha "aborrescência". Mas não tem como fazer tudo ao mesmo tempo. Tive que optar entre umas e outras. Certas vezes tomei decisões erradas, outras acertei em cheio. E de qualquer forma, quem disse que não posso fazer o que eu tive vontade com 15 anos, aos 25? O que me impede? A crítica. Pouco me importa. O importante é ser feliz. E para ser feliz, tudo tem seu tempo, seu momento.

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