quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sem título.

09 de novembro de 2010

Que dia estranho. Em metamorfose constante. Meio que me identifico, talvez pela minha bipolaridade emocional. Tem dias que acordo com tudo nublado, outros brilhando como os raios de sol. Por quê? Talvez pelo simples fato de eu ser mulher. Mulheres são complicadas. Mas isso seria uma opinião um tanto machista, e não vou por a culpa nas mulheres. Eu é que sou complicada.
Descrever o dia de hoje seria como descrever o meu temperamento. Posso acordar brilhando, fervendo. E do nada começar a me fechar. Obscurecer. E então, inundar o meu mundo, com as minhas lágrimas. Às vezes nem eu sei o porquê disso, mas as pessoas ao meu redor esperam respostas. Todos nós esperamos respostas. Mas muitas vezes eu não sei dá-las.
Talvez eu devesse saber o motivo de tanta tristeza. Mas será que é realmente tristeza? Não pode ser apenas medo, receio? Certo pânico até. Medo de perder tudo o que tenho. Medo de me perder. Medo de simplesmente a felicidade ir embora. Já que tudo o que vem fácil, vai fácil. Tudo bem que a felicidade não veio assim tão fácil. Ela não vem fácil pra ninguém. Todos têm que passar provações e todo aquele resto sobre o qual não quero falar agora. Mas a felicidade, por assim dizer, caiu de paraquedas. Como num passe de mágica.
E todo esse medo, esse receio, tem influenciado em outros aspectos. Não consigo mais simplesmente falar o que sinto ou o que penso. Parece que a todo o momento estou a uma palavra de estragar tudo. Basta escolher a palavra errada, no momento errado. Traumas do passado? Talvez. Na verdade, tenho quase certeza. É duro se dedicar tanto a alguém e perceber, depois de certo tempo, que essa dedicação não é recíproca. Pergunto-me como pude ser tão… inocente? E porque me deixei afetar tanto por isso? Tantos outros pontos mais complicados já foram superados. Porque esse, que me parece o mais simples, é o que mais me atrapalha?
Quero mudar. Tento mudar. E vou continuar tentando. Queria ter um botão de reset pra poder voltar a ser o meu eu sem “estragos”. Mas eu teria que ser uma máquina. Máquinas não têm sentimentos. E é desses sentimentos que eu estou a procura.

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