segunda-feira, 28 de março de 2011

Monólogos

Não sei o que se passa pela tua cabeça agora, que dirá antes. Não sei, nem nunca saberei. Acho que diálogo não faz parte do teu vocabulário.
Tento me imaginar no teu lugar, me coloco na tua pele, perante toda essa situação. Vejo se tem algo te impedindo de se abrir comigo. Algo que eu faço que talvez possa te censurar. Mas não tem.
Te dou tanta abertura. Indago. E tudo o que eu consigo arrancar de ti são apenas palavras silábicas, quando na verdade queria uma conversa franca, aberta, sem ressentimentos. Diversas vezes, depois de um longo tempo, me vejo em meio a um monólogo.
Quem sabe no dia em que eu desistir, tu resolva abrir a boca.

4 comentários:

  1. Nessas situações, não consigo deixar de lembrar que "enquanto a gente fala, fala e fala, o silêncio escuta e cala". Nunca sabemos o quão relevante é o que foi calado e isso é ainda mais chato quando com o tempo se vê lacunas que poderiam ter sido evitadas com um simples diálogo.

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  2. De fato seria bem mais simples se existisse esse simples diálogo. E sempre me pergunto porque ele não foi a principal opção antes de toda a confusão...
    Mas quem sabe com o tempo eu aprendo (:
    Bela frase, por sinal.

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